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Foto do escritorIvana Montenegro

Prefeito Gilberto Gonçalves desapropria área em resposta à reintegração de posse da Utinga Leão e garante permanência de 70 famílias no Povoado Canoé


O prefeito de Rio Largo, Gilberto Gonçalves, anunciou uma importante medida para garantir que cerca de 70 famílias do povoado Canoé continuem em suas terras, no contexto da reintegração de posse da área pertencente à Usina Utinga Leão. A área foi desapropriada pelo município, garantindo a permanência das famílias e o desenvolvimento de projetos voltados para a agricultura familiar.


No dia 14 de novembro de 2024, o oficial de justiça Jefferson Jorge Raposo de Barros fez o registro formal da imissão de posse, confirmando a decisão. O documento descreve que, ao visitar a Fazenda Canoé, constatou-se a presença das famílias, e a desapropriação seria feita sem necessidade de qualquer tipo de uso da força. A intenção é permitir que as famílias continuem nas terras, onde serão desenvolvidos projetos de fomento à agricultura familiar.


"Aos 14/11/2024, às 11:47 horas, compareci ao endereço constante no mandado e, após as formalidades legais, constatei que há na área de terra denominada Fazenda Canoé cerca de 70 famílias, que por força do objetivo da desapropriação, continuarão nas referidas terras, para um posterior programa de fomento à agricultura familiar, o que foi confirmado pela parte autora, neste ato representada pela Dra. Sarah Borba Calado, Procuradora-Geral de Rio Largo, não havendo necessidade de arrombamento ou uso de força."





A área está localizada à margem da BR-101, o que facilita o escoamento da produção e já conta com recursos hídricos abundantes, além de instalações voltadas à piscicultura. Essas condições favorecem a agricultura e a produção de alimentos, oferecendo uma alternativa de sustento para as famílias da região.


O prefeito Gilberto Gonçalves falou sobre os impactos da reintegração de posse na região e destacou a importância de manter as famílias em suas terras:

"Eu vinha ali avaliando e vi a dimensão dessas famílias que iam ser desagregadas, que iam perder a sua casa, que iam deixar de ter o seu lar, iam ficar abandonadas como as famílias que estão ali nas escolas sem comida, e muitos de vocês iam perder um patrimônio que vocês lutaram tanto."


Em seu discurso, o prefeito reafirmou seu compromisso de garantir a estabilidade das famílias:"Em Rio Largo não vai existir demolição, não vai existir aqui desagregação de famílias! Essas crianças que estão aqui



, elas não vão ser nunca desamparadas pela gestão do prefeito Gilberto."


A reintegração de posse promovida pela Utinga Leão teve um impacto profundo, atingindo os municípios de Rio Largo, Murici e, especialmente, Messias, onde está situada a maior parte das terras em disputa. Em Messias, centenas de famílias de acampamentos como Lajeiro, Canjica, Grota da Rola, Baixa Funda e Esperança perderam suas casas, lavouras e animais, sofrendo um desmantelamento completo de suas formas de sustento. Essa ação desestruturou o município, gerando consequências econômicas e sociais graves. A perda de terras produtivas afetou diretamente a economia local, enquanto o deslocamento das famílias provocou um aumento na vulnerabilidade social, agravando problemas como o desemprego e a falta de acesso a serviços básicos.


Com a desapropriação, o município de Rio Largo não só protege as famílias que estavam ameaçadas de perder suas casas, mas também investe em um futuro sustentável. O objetivo é fortalecer a agricultura local e garantir uma produção de alimentos que beneficie tanto as famílias quanto a economia da região.


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